Conversa no msn.
*Marina* = Eu
Vitorugo = Torugo
[...]
vitorugo diz:
eu acho q ia aproveitar o carpete pra começar uma horta
vitorugo diz:
a horta ia resolver o seu problema
vitorugo diz:
vc ia ter q deixar ela sempre molhada
vitorugo diz:
ia abaixar a poeira
vitorugo diz:
e depois de 5 semanas, vc ia comer couve fresca, e não molho de tomate
*Marina* diz:
não curto plantas
*Marina* diz:
acho que elas são um desperdício de energia que poderia ser utilizado em seres mais divertidos
*Marina* diz:
como focas
*Marina* diz:
^^
vitorugo diz:
eh por isso q vou virar vegetariano
vitorugo diz:
odeio tanto as plantas q faço questão de comer elas, todas elas
*Marina* diz:
ledo engano! pela lei da oferta e da procura, qnt mais vegetarianos existirem no mundo, mas pessoas cultivarão plantas!
vitorugo diz:
na verdade, vc pode encarar isso como especie de campo de concentração de trabalhos forçados para plantas
*Marina* diz:
pode ser... mas meu ódio é mais no sentido do desperdício...
*Marina* diz:
pq a natureza gasta sua energia com plantas?
*Marina* diz:
mesmo que seja p elas serem torturadas
*Marina* diz:
pensa, considerando o universo um conjunto fechado, existe uma quantidade finita de energia
*Marina* diz:
consequentemente, cada vez que vc usa energia para produzir plantas, vc está diminuido a quantidade de energia potencial para as focas.
vitorugo diz:
isso eh culpa do capitalismo
vitorugo diz:
certeza
vitorugo diz:
eh muito mais barato fazer plantas do q focas
vitorugo diz:
a porra da planta eh soh verde
vitorugo diz:
e fica lah parada, naum sabe nem andar
vitorugo diz:
a coitada da foca tem q pular e ainda bater palmas, sem contar as milhares de pessoas q imitam elas sem pagar direitos de copyright
*Marina* diz:
isso mesmo!
*Marina* diz:
mas elas não querem copyrights! as focas são os seres mais revolucionários que existem
*Marina* diz:
por isso que o brasil não é relevante para a revolução. aqui existe uma quantidade ínfima de focas. e a maioria delas em cativeiro
[...]
vitorugo diz:
mas vc me deixou com a pulga atrás da orelha mesmo
vitorugo diz:
se as focas estão relacionadas com as revoluções
vitorugo diz:
talvez possamos trazer focas para o brasil
vitorugo diz:
e começarmos o socialismo!
*Marina* diz:
É uma ótima idéia
*Marina* diz:
talvez nós precisaremos da ajuda do Pinguim do Batman.
*Marina* diz:
ele era um comunista querendo criar as condições do socialismo florecer em Gothan City (veja a metáfora de ele congelar Gothan, tornando a cidade todo própria para a vida das focas)
vitorugo diz:
naum, naum concordo
*Marina* diz:
por isso que o Batman (defensor dos interesses ianque) derrotou ele
vitorugo diz:
como defensor da Detectives comics
vitorugo diz:
venho informá-la q o pinguim era stalinista
vitorugo diz:
tenho provas contundentes
vitorugo diz:
em um dossiê
vitorugo diz:
mas naum posso te mostrar
vitorugo diz:
mas ele era!
vitorugo diz:
o batman eh o defensor das liberdades homossexuais na nação americana!
*Marina* diz:
tudo bem... qnd eu falei comunista usei um termo abrangente. não descartei nenhuma tendência
*Marina* diz:
é aquela velha dicotomia: liberdade individual (batman) X liberdade social (pinguim)
vitorugo diz:
o batman defendia a liberdade anal
*Marina* diz:
hahahahahahahahahaha
*Marina* diz:
e há algo mais individual do que o ânus?
*Marina* diz:
pelo menos daqueles sóbreos
vitorugo diz:
ah sim, oportuno comentário: sóbreos
vitorugo diz:
poderiamos dizer então q o anus alcolizado eh o anus coletivo
vitorugo diz:
o ânus social, defendido pelo pinguim
*Marina* diz:
isso mesmo!
*Marina* diz:
ou seja, o batman e o pinguim acabavam tendo várias pontos em comum, mas nunca sentaram para ter uma boa conversa...
*Marina* diz:
falta de comunicação faz isso
vitorugo diz:
eh realmente, apesar de tudo, faltou eles sentarem juntos
"Não comerei da alface a verde pétala Nem da cenoura as hóstias desbotadas Deixarei as pastagens às manadas E a quem maior aprouver fazer dieta. Cajus hei de chupar, mangas-espadas Talvez pouco elegantes para um poeta Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta Que acredita no cromo das saladas. Não nasci ruminante como os bois Nem como os coelhos, roedor; nasci Omnívoro: dêem-me feijão com arroz E um bife, e um queijo forte, e parati E eu morrerei feliz, do coração De ter vivido sem comer em vão." Vinícius de Moraes