quinta-feira, dezembro 07, 2006

Well, who gives a damn?

"So they say you're trouble boy
Because you like to destroy
All the things that bring idiots joy
Well what's wrong with a little destruction?"



sexta-feira, novembro 03, 2006

chuva


hoje chove muito, muito,
e parece que estão lavando o mundo,
meu vizinho do lado contemplo a chuva
e pensa em escrever uma carta de amor/
uma carta à mulher que vive com ele
e cozinha para ele e lava a roupa para ele e faz amor com ele
e parece sua sombra/
meu vizinho nunca diz palavras de amor à mulher/
entra em casa pela janela e não pela porta/
por uma porta se entra em muitos lugares/
no trabalho, no quartel, no cárcere,
em todos os edifícios do mundo/
mas não no mundo/
nem numa mulher/nem na alma/
quer dizer/nessa caixa ou nave ou chuva que chamamos assim/
como hoje/que chove muito/
e me custa escrever a palavra amor/
porque o amor é uma coisa e a palavra amor é outra coisa/
e somente a alma sabe onde os dois se encontram/
e quando/e como/
mas o que pode a alma explicar?/
por isso meu vizinho tem tormentas na boca/
palavras que naufragam/
palavras que não sabem que há sol porque nascem e
morrem na mesma noite que amou/
e deixam cartas no pensamento que ele nunca escreverá/
como o silêncio que há entre duas rosas/
ou como eu/que escrevo palavras para voltar
ao meu vizinho que contempla a chuva/
à chuva/
ao meu coração desterrado/

Juan Gelman

quinta-feira, novembro 02, 2006

Aracaju

Vista da Colina do Santo Antônio, onde nasceu Aracaju

  • Sorvete de Mangaba
  • Amendoim cozido
  • Munguzá
  • Mangar dos outros
  • Pé-de-moleque que não é de amendoim
  • Gazear aula
  • Armengue
  • Picolé de russo!
  • Plataformas da Petrobrás que dá para ver da praia
  • Serra de Itabaiana
  • Caranguejo
  • Biscoito das freiras
  • Cabrunco
  • Caruru
  • É nehuma
  • Eitcha Pentcha
  • Rua da Frente que não fica na frente da cidade
  • Centro que fica no leste
  • Avenida Beir Mar que na verdade beira o rio
  • Avenida oceânica que não chega perto do oceano
  • Capital nordestina que não nasceu voltada para o mar
  • Todo mundo te conhece, mesmo sem te conhecer (tá, isso pode ser ruim...)
  • Que saudades da Orla e da brisa do mar

segunda-feira, outubro 30, 2006

A um amigo


Pelas vezes que a gente se divertiu
Pelas vezes que a gente chorou
Pela vez que te chamei de família
Pelas coisas que você me ensinou
Pelas vezes que a gente bebeu
Pelas vezes que eu cai
Pelas vezes que você me levantou
Pelas vezes que a você riu de mim
Pelas vezes que eu ri de você

E por tantas outras coisas que eu nem lembro agora e por tantas outras que virão.
Obrigada por esse ano =*

quinta-feira, outubro 26, 2006

Tempestade


Não!
Não faz sentido. Tínhamos tudo planejado. Todas as possibilidades de desfecho mapeadas. Todas as reações previstas. Todas as precauções tomadas.

Por que não deu certo? Sabíamos que seria difícil, mas apostamos que a gente dava conta.

Prever o futuro não é um passo para evitá-lo? Eu acreditava que sim. Acreditava em todos nossos cuidados. Achei que nossos receios iam ao menos servir para nos prevenir.

Para que serviu tanto planejamento? E conversas, e abraços, e promessas?

Realmente, o desfecho foi exatamente o que a gente previu. Mas esperávamos que por prevê-lo pudéssemos evitá-lo. A única coisa que a gente não previu foi a força do vendaval exterior e como ele poderia afetar a gente.

Nada me dói mais do que te ver sofrer e pensar que a causa dessa dor sou eu. Não consigo desfrutar da felicidade que deveria estar sentindo. A dor de te ver sofrer se mistura com a dor de sentir sua mágoa.

Tá você vai dizer que não tem nada a ver. Mas é verdade, nem que seja bem no fundo. Mesmo que você não queira me culpar. Mesmo não querendo sentir isso, você sente. Eu estou atrelada de algum modo a seu pesar.

Posso estar me precipitando. Não ter te dado nenhum tempo para processar, digerir. Mas é que passo a duvidar de todo esse meu cuidado. Por que deveria confiar na minha cautela? Ela que me levou a prever todos os cenários. Ela que depois me fez tomar todos os cuidados. Ela que nos afastou.

Seria mais fácil se a gente brigasse. Seria mais fácil pedir desculpa. Mas quando os dois agiram exatamente como deveriam, o que fazer?

Fingir e rir.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Voltando

Quantas vezes eu já tive paradas e retomadas desse blog? Acho que até perdeu o sentido eu ficar justificando esses sumiços ^^

Mas continuando um pouco a idéia do post anterior, eu estava falando sobre inferno astral. Tem coisas que acontecem para melhor (eu sempre odiei ouvir isso, mas parece mesmo ser verdade).

Até ficar trancada dentro de casa foi legal, deu para passar mais tempo com a Nate e o Bi. Na verdade esses dias tive bem mais contato com a Nate e com a Carol, o que está sendo muito divertido! Mas não só divertido, eu realmente precisava delas.

E até o inferno astral do Schumacher acabou sendo legal para ele. Tá, vocês podem dizer que ele não ganhou nenhuma das duas corridas e acabou perdendo o campeonato. Mas qualquer um que viu aquela última corrida (até a Carol) saiu falando: o cara é foda! Acabou a carreira como um campeão.

E comigo está sendo mais ou menos assim. Ainda acontecem várias merdas. Sempre tem um Fisichella que fez mandinga e quase tirou o Shumi da pista 2 vezes. Mas no final as coisas acabam acontecendo do melhor jeito possível. Ou pelo menos de um jeito legal e inesperado.

E mesmo com algumas decisões que não são bem coerentes, isso ainda é verdade:



~Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um cientista
o meu papo é futurista e lunático.

Pegar carona nessa cauda de cometa
Ver a Via Láctea estrada tão bonita
Brincar de esconde esconde numa nebulosa
Voltar pra casa nosso lindo balão azul

domingo, outubro 08, 2006

Inferno Astral


Quando todo o Universo parece conspirar para que sua vida dê errado;
Quando o despertador, que você sempre confiou, não toca;
Quando os amigos somem;
Quando a bebida acaba;
Quando você entra na radiouol e descobre que ela virou paga;
Quando a energia falta e você nota que não tem mais velas (como elas acabaram não entra aqui...);
Quando o msn não coopera;
Quando e-mails novos não aparecem;
Quando quem você queria não está perto de você;
Quando você se sente insegura;
Quando o seu cabelo acorda horrível;
Quando você corta seu dedo;
Quando você entra na TPM;
Quando você tem dor de cabeça;
Quando você desmaia;
Quando você perde aquele gloss que adora;
Quando você não aguenta de dor, mas não consegue chorar;
Quando você decepiciona aqueles que você mais ama;
Quando você está longe;
Quando você passa o dia todo em casa, esperando que o dia simplesmente acabe;
Quando você questiona toda a sua recém-adiquirida confiança;
Quando você sente que só faz o outro sofrer;
Quando acaba o gelo em sua casa;
Quando você não tem perspectivas...



Você não está sozinho, o Schumacher estava bem perto de ganhar o último campeonato da carreira dele. Liderava a corrida, mas o motor dele, sim um Ferrari, quebrou!
A vida é cheia dessas. Aposto que ele também está passando por um inferno astral.

terça-feira, outubro 03, 2006

Simbiose

~para o pessoal das antigas, essa é nostálgica...



Simbiose


Quando a sua imagem se forma em minha retina
A minha supra renal se alucina
Desfazem-se minhas sinapses
Acaba-me a homeostase
Quem dera sermos genes alelos
De cromossomos homólogos
Para podermos juntos formar
O nosso ser homozigoto

Vamos fazer simbiose
Seremos fungos e cianobactérias


Vamos acelerar a saída dessa inércia
Com você, eu estaria no C.E.U (Campo Elétrico Uniforme...)
Cansei de ser a sua carga de prova
Eu quero ser, ao menos, sua carga elementar

(by Floresta Encantada)
http://www.youtube.com/watch?v=RtJwR2wCsCs






** Saudades de casa. Na verdade saudades de como era a vida em Aracaju. Quero os poríferos de volta!! **

Youtube

Depois de muito tempo abandonado, eu escrevo alguma coisa nesse blog.

Mas como não tenho muito o que escrever (afinal de contas, não é um diário realmente... tem gente lendo isso). Vou pôr só uns vídeos que tava vendo no youtube

http://www.youtube.com/watch?v=58PEcrtNGvE&mode=related&search=
Raul - No fundo do quintal de escola. Vídeo muito legal!!



http://www.youtube.com/watch?v=Vk70gDEe_uk&NR
Aposentamos João! Finalmente! Nossa, faz muito tempo que não me orgulho tanto de ser sergipana! Queria ter feito parte desse momento... Mas enfim, sacrifícios são feitos para atingir objetivos.

quinta-feira, setembro 21, 2006

O que é o que é?

O que é o que é?

"Palavra de quatro letras, duas vogais, duas consoantes e dois idiotas."








Quem acertar ganha um bjo.

terça-feira, setembro 12, 2006

EPEJ

O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Diverjo de todo mundo... Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe sou cão mestre - o senhor solte em minha frente uma idéia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos, amém! Olhe: o que devia de haver, era de se reunirem-se os sábios, políticos, constituições gradas, fecharem o definitivo a noção - proclamar por uma vez, artes assembléias, que não tem diabo nenhum, não existe, não pode. Valor de lei! Só assim, davam tranqüilidade boa à gente. Por que o Governo não cuida?


[Para mim um retrato do EPEJ, talvez esteja viajando de mais, mas o próximo trecho é só um aviso]

Viver é muito perigoso... Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar. Esses homens! Todos puxavam o mundo para si, para o concertar consertado. mas cada um só vê e entende coisas dum seu modo.


Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas

segunda-feira, agosto 28, 2006

Algo a se pensar

Algo que ouvi esses dias:

"Mas será que vale a pena se te faz perder aquele seu olhar risonho?"


E até hoje ele espera pela minha resposta.






**Onde está a felicidade? Achei que era feliz. E na verdade até que sou.
Será paradoxo? A decisão de me dedicar a algumas coisas que eu gosto e realmente acredito podem estar diminuindo aos poucos a minha felicidade.**




Está cada vez mais difícil de parar para escrever um texto realmente. Então serão fragmentos por enquanto...
[Ninguém, ninguém pode notar Estão muito ocupados pra pensar.]

segunda-feira, agosto 21, 2006

Família

~Eu tô tão lindo porém bem mais perigoso
Aprendi a ficar quieto e começar tudo de novo

Eu tinha medo do seu medo
do que eu faço
Medo de cair no laço
que você preparou
Eu tinha medo de ter que dormir mais cedo
numa cama que eu não gosto só porque você mandou...



[Mais um trecho de Raul, mas esse só algumas pessoas vão entender]

quarta-feira, agosto 16, 2006

Pausa

Muito tempo sem atualizar.

A maioria de vocês deve saber, mas eu estava semana passada em Floripa.
Foi uma viagem muito divertida, mas que me levou a pensar em coisas que me assustaram.


Tennho saudades de quando sonhava.

Saudades do futuro.

Saudades de ser necessária para alguém.

Em breve algo mais elaborado...

quarta-feira, agosto 02, 2006

Com os dois pés

Não espero que esse post seja muito coerente. Pensamentos soltos que me ocorreram no ônibus (aliás, por que o ônibus inspira tantas idéias? e o pior, lá nunca tem como escrevê-las...)



A gente tem que sempre pisar firme na vida. Você pode seguir qualquer caminho, desde que siga ele por inteiro.
Não há nada mais frustrante do que estar cada pé em uma estrada, sabendo que as duas cada vez mais se afastam. Oportunidades são perdidas. Você acaba desperdiçando energia, se frustrando e não conseguindo nada no final.

Acabei de chegar à teoria que os caminhos da vida são quantizados. Não podemos ter transições entre eles. Temos um caminho que é único, individual e inédito. Ou seja, você só tem 1 caminho e ninguém nunca o percorreu ou o percorrerá, só você. Chega a ser um desperdício e uma irresponsabilidade com todo o Universo deixar uma trilha não percorrida, uma oportunidade desperdiçada.

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Sempre tive muitos planos. Pensei bastante antes de dar cada passo.

Frases que ouvi durante as férias e nessa semana:

"Quem é essa Marina?"
Ouvir isso de uma das pessoas que melhor me conhece foi difícil...

"Eu estou preocupado com você."
Essa me preocupou por ter vindo de tantas pessoas com tantos motivos diferentes.
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E como sempre, Raul me entende...

No fundo do quinta da escola


"Não sei onde eu to indo
Mas sei que eu to no meu caminho
Enquanto você me critica, eu to no meu caminho
Eu sou o que sou, porque eu vivo a minha maneira
Só sei que eu sinto que foi sempre assim minha vida inteira
Eu sei..
Não sei onde eu to indo
Mas sei que eu to no meu caminho
Enquanto você me critica, eu to meu caminho
Desde aquele tempo enquanto o resto da turma se juntava pra:
Bate uma bola!
Eu pulava o muro, com Zézinho no fundo do quintal da escola
[...] "


Raul Seixas

quarta-feira, julho 19, 2006

Liberdade


"O homem está fadado à liberdade”.

Eu já citei essa frase de Jean-Paul Sartre várias e várias vezes nas minhas redações no colégio. Acho que cheguei a banalizá-la. Mas esses dias pensei mais no seu significado.

Sartre fala de dois tipos de seres: em-si e para-si. Os seres em-si são quaisquer objetos existentes no mundo e que possuem uma essência definida. Esse teclado que eu estou tocando agora é um ser em-si. Não tem potencialidade ou consciência de si ou do mundo. Ele simplesmente é. O teclado tem uma função de existência. Ele está aqui para que eu consiga escrever o que estou pensando e vocês, pessoas que não têm nada melhor para fazer agora, possam ler.

Já o ser para-si é aquele que faz relações temporais e funcionais entre os seres Em-si e ao fazer isso constrói um sentido para o mundo em que vive. O Para-si não tem uma essência definida. Ele não é resultado de uma idéia pré-existente. É preciso que o Para-si exista, e durante essa existência ele define, a cada momento o que é sua essência. Cada pessoa só tem como essência imutável, aquilo que já viveu. Nada me compele a manter esta essência, que só é conhecida em retrospecto. Podemos afirmar que meu ser passado é um Em-si, possui uma essência conhecida, mas essa essência não é predeterminada. Ela só existe no passado. Por isso se diz no existencialismo que "a existência precede e governa a essência". Por esta mesma razão cada Para-si tem a liberdade de fazer de si o que quiser.

Ou seja, "O homem está fadado à liberdade". Cada um de nós pode fazer escolhas que mudarão nossas vidas. Não podemos culpar o destino, Deus, os outros, Papai Noel ou o Coelhinho da Páscoa pelas cagadas que acontecem com a gente. O que também tem seu lado positivo podemos tomar crédito por tudo aquilo que conquistamos.

Obviamente as pessoas estão sujeitas a limitações. Sartre explica que isso não diminui a liberdade. Pelo contrário, são as limitações que tornam a liberdade possível, pois se pudéssemos realizar instantaneamente qualquer coisa que quiséssemos, nós estaríamos no universo do sonho. No mundo real, são as limitações que me impõem escolhas. Esta é, para Sartre, a verdadeira liberdade da qual nenhum homem pode escapar: "não é a liberdade de realização, mas a liberdade de eleição". O importante não é o que o mundo faz de você, mas o que você faz com aquilo que o mundo fez de você.

Cada escolha carrega consigo uma responsabilidade. E cada escolha ao ser posta em ação provoca mudanças no mundo que não podem ser desfeitas. Não posso, atribuir a responsabilidade por estes atos a nenhuma força externa. Em cada momento, diante de cada escolha que faço, torno-me responsável não só por mim, mas por toda a humanidade. E faço isso por minha própria escolha, para que o mundo se torne mais como eu o projetei. Eis a essência da responsabilidade: eu, por minha vontade e escolha ajo no mundo e afeto o mundo todo. É uma responsabilidade da qual não podemos fugir.

Tudo bem, já falei muito sobre Sartre, mas qual a razão disso estar aqui no meu blog? Simples, sempre tive a sensação de ser uma espectadora na minha própria vida. Assistia ela passar e esperava a hora em que iria começar a agir. Mas chegou a hora de perceber que estou no mundo real, e minha vida é assim porque eu escolhi que ela fosse.

Os existencialistas sofriam muito da angústia. Algo como um medo de usar mal essa liberdade inerente ao homem. E a sensação de responsabilidade por todo o mundo. Acho que ainda não cheguei a esse ponto, estava tão anestesiada pela minha falta de ação, que o fardo da liberdade chega trazendo um certo alívio.

Provavelmente a fase da angústia chegará quando amadurecer mais a idéia da liberdade. Mas por enquanto estou pensando nela como uma criança pensa no novo brinquedo. E aproveitando essa boa fase, estou fazendo mais escolhas do que fiz em bastante tempo (isso sem contar a escolha por não escolher, claro...)



E deixo vocês com algumas frases de Sartre para pensar:

"O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós”.

"Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana , os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem"

"Nunca julgamos aqueles a quem amamos." (essa talvez seja um apelo...)



OBS: Partes do texto foram retirados da Wikipédia

sábado, julho 08, 2006

Emily

~She's often inclined to borrow somebody's dreams 'till tomorrow...

sexta-feira, julho 07, 2006

Cotidiano

-Ponho as roupas para lavar;
-Acendo meu insenso de Artemísia;
-Coloco o CD de Raul Seixas para tocar;
-Encho minha poltrona de sapo que começa a murchar;
-Passo hidratante no rosto;
-Sento na minha poltrona de sapo e curtir a música e o insenso enquanto espero a máquina de lavar parar;
-Meus lábios começam a rachar e eu passo protetor labial;
-Ouço essa frase que precisava ouvir: O que eu quero, eu vou conseguir. Pois quando eu quero todos querem, quando eu quero todo mundo pede bis.




Sim, eu estou em casa. Na minha casa. E é legal esse meu cotidiano (ou, como diz Yasmin, essa minha vida de adulto)



~Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã

terça-feira, junho 27, 2006

P.s: A quem possa interessar

Desculpa.
Desculpa por ser orgulhosa.
Desculpa por refletir em você questões do meu passado.
Desculpa por me deixar levar pelas minhas emoções e esquecer que o mundo todo não lê mentes.
Desculpa por não te avisar que você tocou um nervo.
Desculpa por tentar ter raiva de você.
Desculpa por não ter conseguido.
Desculpa por falar isso por um blog.
Desculpa por ter chorado.
Desculpa por ter escrito isso várias vezes.
Desculpa por não ter conseguido publicar mais vezes ainda.
Desculpa por te confundir.
Desculpa pelas várias vezes que não te disse o quanto você é importante para mim.
Desculpa por tentar te entender.
Desculpa por muitas vezes conseguir.
Desculpa por tantas desculpas assim.
Desculpa por ter medo de te perder.
Desculpa por ter medo de mudar.
Desculpa.

Will & Grace

Por me mostrar que tudo um dia acaba.


~Hoje descobri que não superei, que não esqueci. Fantasmas do passado estão de volta.

You're My Best Friend

Ooo, you make me live
whatever this world can give to me
it's you, you're all I see
Ooo, you make me live now honey
Ooo, you make me live

You're the best friend
that I ever had
I've been with you such a long time
you're my sunshine
and I want you to know
that my feelings are true
I really love you
you're my best friend

Ooo, you make me live

I've been wandering round
but I still come back to you
in rain or shine
you've stood by me girl
I'm happy, happy at home
you're my best friend
.
Ooo, you make me live
whenever this world is cruel to me
I got you, to help me forgive
Ooo, you make me live now honey
Ooo, you make me live.

You're the first one
when things turn out bad
you know I'll never be lonely
you're my only one
and I love
the things that you do
You're my best friend

Ooo, you make me live.

I'm happy, happy at home
You're my best friend
you're my best friend
Ooo, you make me live
you, you're my best friend.

(Queen)

terça-feira, junho 20, 2006

Saudades

Pretendia escrever melhor sobre isso, mas vai esse texto ainda meio não-acabado... E essa figura está aí porque estou em clima de Chaggal em minha vida. Não era exatamente o quadro que eu procurava, mas me passou uma sensação morna e, não sei porque, um tanto blasé (apesar de o quadro não ter nada de blasé), que me é familiar.






Eu não sinto saudades.
Ou pelo menos não aquela saudade que as pessoas esperam. Algumas pessoas já me chamaram de insensível quando eu disse que não sentia falta da minha casa, da minha família, de meus amigos. Mas eu notava que, para essas pessoas, a saudade era um tipo de culpa. Culpa por continuar vivendo longe de pessoas que fizeram grande parte de suas vidas.
Senti falta sim de algumas coisas. Acho que a parte mais difícil é estar em um ambiente com referências culturais diferentes das minhas. Onde as pessoas não comemoram dia do folclore na escola ou não têm feriado nas festas juninas. Engraçado que essas pequenas coisas eram tão naturais para mim, que nem pensei que iria sentir falta.
Mas sentir falta daquilo que nunca tive. Esse é o pior tipo de saudade. Sentir falta de uma idéia, de uma perspectiva. Porque, no final, são idéias que nos norteiam. Que mostram quem somos.
Acho que os sonhos de uma pessoa, mesmo que não se realizem, tornam essa pessoa quem ela é. Quando perdemos esses sonhos, essas idéias que ficavam no fundo de nossas mentes, esse é o momento que nos perdemos.

Eu sinto falta do futuro.

domingo, junho 11, 2006

With a little help from my friends

Retrato da semana e uma pequena homenagem a meus amigos que sempre me dão uma ajudinha

~What would you do if I sang out of tune,
Would you stand up and walk out on me?
Lend me your ears and I'll sing you a song
And I'll try not to sing out of key.

Oh, I get by with a little help from my friends
Mm, I get high with a little help from my friends
Mm, gonna try with a little help from my friends

What do I do when my love is away
(Does it worry you to be alone?)
How do I feel by the end of the day,
(Are you sad because you're on your own?)

No, I get by with a little help from my friends
Mm, I get high with a little help from my friends
Mm, gonna try with a little help from my friends

Do you need anybody
I just need someone to love
Could it be anybody
I want somebody to love ~

P.s: Odeio linguagem fática

segunda-feira, junho 05, 2006

Devaneios na altitude parte 3

Todas essas análises que fiz vieram agora ou em alguns outros momentos na minha mente. Quem sabe se elas são realmente as justificativas?
Eu simplesmente me encantava em voar, não era algo racional ou premeditado.
Nunca fui aquele pessoa que se enche de revistas ou livros na hora de voar - quer dizer, até comprava uma da turma da Mônica, mas era só parte de um ritual. Eu não precisava de distrações durante o vôo, nem de análises. Será que as pessoas não notavam a experiência maravilhosa que estavam perdendo?

*Uma pausa para ver as luzes de Salvador.
Por que sempre achei mais belas as luzes da cidade do que qualquer criação da natureza?
Pobre Deus, que narcisísitca inveja deve ter de sua criação... *

Hoje por algum motivo, foi diferente. Fui voar como se fosse à praça. Sem nenhum ritual ou cerimônia, sem nenhum deslumbramento.
Trouxe Budapeste para terminar de ler. Trouxe a Veja para me distrair. E, golpe de misericórdia, comprei um livro de Saramago na banca de Viracopos.
Mas todas essas tarefas que criei para mim, eu já cumpri. Esse foi o momento em que decidi escrever.
Sempre que voava eu tinha vontade de escrever grandes idéias e sentimentos que surgiam no avião e eu nunca tinha papel e caneta para registrar.
As idéias que surgem no ar, não pertecem ao nosso mundo cotidiano. São etéreas e nos escapam assim que colocamos os pés no solo. Idéias tão grandiosas não me surgiram hoje. Eu não cumpri minha parte do pacto. Eu trouxe elementos impuros - distrações, caneta, meu caderno de folhas laranjas - ao meu etéro santuário do ar. Profanei o ritual.
Pelo menos escrevi.
Tinha deixado de escrever em meu auge. Quer dizer, hoje não sei se estava em um ponto de máxima ou de inflexão.
Perdi aquilo que estava por vir. Deixei de lado a leitura e a escrita que sempre foram meu lar. Foi necessário. Esse foi meu sacrifício para seguir o caminho que imaginei ainda em minha infância.
"Mas valeu a pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena" F. Pessoa
Agora saio do meu santuário sobre asas. Um dia todos temos que sair. Volta a casa de meus pais - sim, já não mais a vejo como minha. Volto à mangaba, ao parque da semesteira, à infância.
Agora devo viver onde quer que esteja. Não tenho mais a desculpa de estar "andando no ar".
Até impressionantemente pouco tempo eu acreditava que podia voar. Tinha sonhos muito realistas nos quais flutuava. Não era como a maioria das pessoas quem em sonhos voam como o Super Man. Eu me esforçava muito, tinha técnica e flutuava a uns dois palmos do chão em minha casa mesmo... Os sonhos, por serem tão realistas, se infiltraram em minha mente. Ao ponto que se me perguntassem quando distraída, antes da voz reguladora da razão poder interceder, se eu consigo voar, a resposta que me vem é SIM.

As luzes da cidade, como são belas...
Agora eu volto. Volto ao solo.

Tripulação preparar para o pouso.

Luzes de Aracaju


sábado, maio 27, 2006

Devaneios na altitude parte 2

Voltando a voar.
Sempre achei que o dia em que viajo de avião seria sempre um dia especial. Não importava, não importava a duração, só importava que eu iria voar. Ah, e que sentasse perto da janela!
Hoje posso fazer diversas análises sobre esse meu fascínio por estar nos céus. Posso relacionar com minha primeira teoria sobre a morte: quando uma pessoa boa morre, vira uma estrela; quando uma má morre, vira um fantasma. Só agora vejo que estrelas e fantasmas, criaturas etéreas, em minha mente sempre foram compostos de ar. Mais material ainda surge para quem queira me analisar do fato de eu ter escolhido a física porque queria estudar as estrelas.
Poderia também, de um modo mais abrangente, falar que conquistar os céus sempre foi um desafio à humanidade. Superar os deuses. Por isso que Ícaro e Prometeu haviam sido castigados. Também Adão e Eva ao provaram do fruto do conhecimento que pertencia somente a Deus.
Existe caracterísitca mais humana do que a tentativa de superar Deus? (Nesse ponto poderia desviar a narrativa da teologia para a evolução, mas, como já o fiz em Nocturnos, por aqui me calo)
Devo também lembrar àqueles de moral um pouco mais sensível que Lúcifer também tentou superar Deus. (Oh, por que temos um diabo tão humano?)
Deixando a teologia de lado, vemos que a ousadia e a ânsia de superação são celebradas como semestes da criação (eu até iria explicar a ironia dessa palavra, mas quero deixar algum crédito a quem quer que esteja lendo - provavelmente Torugo)
Mais uma vez o espírito científico e natural se chocam com o teológico.
Aquele rio do começo da narrativa transbordou e quebrou as barragens.

"O sertão vai virar mar, e dá no coração
o medo que algum dia, o mar vire sertão."
Sobradinho
Atenção tripulação, preparar para o pouso.

sábado, maio 20, 2006

Mundo Grande

Esta semana ocorreram alguns eventos, vamos dizer um pouco inesperados. Fiquei pensando em como o mundo é grande e como ele às vezes parece que vai nos esmagar.
Semana passada estava me sentindo muito sozinha. Só no "mundo grande". E algumas vezes já pensei que era isso que eu queria. Mas essa semana notei que não estou só.
Têm algumas pessoas que me mostraram que estão prontas para me ajudar, ou simplesmente estar aqui comigo, quando eu precisar.
E foi lembrando delas que eu pensei nesse poema de Drummond abaixo. Porque o mundo pode ser grande, mas nós vamos conseguir se formos de mãos dadas.

Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Drummond

segunda-feira, maio 15, 2006

Devaneios na altitude parte 1

Ícaro e Dédalo


Escrever
Como poderia voltar a escrever depois de tanto tempo? É como o amante tentar se acomodar no leito da amada após um longo período de abandono.
Abandono.
O que mais terei deixado para trás na minha vida? Portas certamente já estão fechadas. Se bem que algumas se encontram entreabertas.
Voltando à escrita, voltando à terra natal que hoje me parece estrangeira.
Nem mesmo as palavras tocam este papel eu já noto os lugares-comuns. Ou pior, a completa falta de uma idéia. "Copiar os outros é necessário, copiar a si mesmo é patético."
Não lembro de quem é essa frase que li há muito tempo e, desde então, tenho repetido quase como um mantra. Em que categoria estaria então? Copiando uma frase alheia e, ao mesmo tempo, me repetindo no ato de citá-la.
É uma questão de exercício. Depois da primeira enxurrada de palavras, já consigo me concentrar em um único fio contínuo. Como um rio, esse fio tinha também seus efluentes.
Minha mente luta contra a minha tentativa de aprisioná-la a um fluxo com menos área de escoamento.
Rv= A.V p^2+ d. g. h + d . v^2/2= constante
Por que foi tão mais fácil para mim simplesmente reproduzir essas fórmulas de hidrodinâmica do que continuar satisfatoriamente com a metáfora do pensamento com um fluido? Em tempos remotos esses assuntos estariam em compartimentos distintos da minha mente - português, matemática, história, geografia, química, física, biologia, inglês, literatura e redação - sempre nessa exata ordem.
Acho que foi uma conquista "descategorizar" minha mente. Mas pensando bem, o desequilíbrio vem do fato de que algumas categorias invadiram o espaço de outras.
Chegou a hora das categorias relegadas a segundo plano se rebelarem!
Não mencionei, mas estou voando.
Estranho não ter escrito nada até esse ponto. Voar sempre trouxe para mim um encanto infantil - acho que é desse encanto que sinto falta.


Sou interrompida pela aeromoça que me oferece amendoins e refrigerante

domingo, maio 07, 2006

Do amigo

"Há sempre alguém demais perto de mim" - pensa o eremita. "A repetição de um vezes um, acaba por fazer dois, com o decorrer do tempo"
Eu e Mim estamos sempre em colóquio por demais acalorado; como seria ele suportável, se não houvesse o amigo?
Para o eremita, o amigo é sempre um terceiro; o terceiro é a válvula que impede a conversação dos dois de se abismar nas profundidades.
Ah, existem demasiados abismos para todos os solitários! Por isso eles anseiam tanto por um amigo à sua altura. A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos acreditar em nós mesmos. O nosso anseio por um amigo é nosso delator.
E muitas vezes, com o amor, queremos somente saltar por cima da inveja. E muitas vezes só atacamos e criamos um inimigo para escondermos que somos vulneráveis.
"Sê, ao menos, meu inimgo!"- assim fala o verdadeiro respeito que não ousa pedir amizade.
Se queremos ter um amigo, devemos querer, também guerrear por ele; e para guerrar, é mister poder ser inimigo.
É preciso honrar no amigo o próprio inimigo.Podes aproximar-te do teu amigo sem bandear-se para o seu campo?
Deves, no amigo, ter o melhor inimigo. Deves estar com o coração mais perto dele do que nunca, quanda a ele te opões.
Não queres usar nenhum véu para o teu amigo? Pensas honrá-lo mostrando-te tal como és? Mas, por isso mesmo, ele te manda para o diabo!
Quem nada sabe ocultar de si suscita revolta; tendes pois bons motivos para temer a nudez! Se fôsseis deuses, então, decerto, seria dos vossos trajos que teríeis vergonha.
Nunca te adornarás bastante para o teu amigo; porque deves ser, para ele, uma flecha e um anceio no rumo para o Super-Homem.
Já viste dormir o teu amigo, para o conheceres tal como é? Que é, afinal, fora daí, o seu rosto do teu amigo? É o teu próprio rosto, visto num espelho tosco e imperfeito.
Já viste dormir o teu amigo? Não tiveste medo vendo-o tal como é? Ó, meu amigo, o Homem é o que deve ser ultrapassado.
Mestre, deve ser o amigo, no adivinhar e calar-se; nem tudo deves querer ver. Teu sonho deve revelar-te o que o amigo faz acordado.
Que a tua compaixão seja um adivinhar; para que saibas primeiro, se o teu amigo quer tua compaixão. Talvez ele ame em ti o olho impassível e o olhar fito na eternidade.
Sob uma dura casca, esconda-se a compaixão pelo amigo, e nela deverás partir um dente. Terá então delicadeza e doçura.
És para o teu amigo ar puro e solidão, e pão e reconforto? Há quem não pode livrar-se de seus próprios grilhões e, ainda assim, é um salvador para o amigo.
És escravo? Não poderás ser amigo. És tirano? Não poderás ter amigos.
Houve durante muito tempo na mulher um escravo e um tirano escondidos. Por isso a mulher ainda não é capaz de amizade; apenas conhece o amor.
Há injustiça no amor da mulher, e cegueira para tudo quanto não ama. E mesmo no amor iluminado da mulher fica sempre, ao lado da luz, a supresa, o relâmpago e a noite.
A mulher ainda não é capaz de amizade; gatas, eis o que são as mulheres, ou aves; ou, no máximo, vacas.
A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós, homens, qual de entre vós é porventura capaz de amizade?
Ai, que pobreza a vossa! E quão grande a parcimónia das vossas almas! O que dais ao vosso amigo, estou pronto a oferecê-lo ao meu inimigo, e não me sentirei pobre por isso.
A camaradagem existe: possa existir a amizade!
Assim falou Zaratrusta.

P.s: E assim falou: procura-se um amigo.

domingo, abril 23, 2006

Pequenas felicidades

Sair na rua com um vestido branco com florzinhas e uma bolsa amarela com desenhos, numa estação em que predominam os cinzas, marrons e pretos.
As cores que você carrega te permitem encontrar as cores da cidade, muitas vezes tão apagadas e escondidas em meio a tons sóbrios.
Aí você encherga a cor do Sol, a cor das árvores, a cor dos prédios (não, os prédios não eram cinzas como você pensava).


As cores com as quais você pinta seu mundo, são as cores que pintam você.

domingo, abril 16, 2006

Mudanças técnicas

Bom, sem querer apaguei os comments de todo mundo...

Sorry

Mas estou começando a colocar o blog do jeito que eu quero.

Ah, e como o Guilherme falou que não conseguia ler a letra do meu blog, agora eu estou escrevendo com uma letra maior.

Por enquanto é isso, etou aqui em Aracaju e dentro de pouco tempo estarei indo para a praia. Por que me sinto culpada de não estar fazendo nada útil agora quando tenho tanto o que fazer? Tenho que aprender a me desligar.

domingo, abril 09, 2006

Por que ter uma varanda?

Por que ter uma varanda em um apartamento?

001) Para esquecer da vida chata da cidade, ouvir uma música e olhar para as estrelas?
NÃO! Eu tenho vizinhos super chatos que ouvem cada passo que você dá, principalmente se você está na varanda. E multa por barulho é muito cara!

002) Para cultivar umas plantinhas que alegram o lugar e com isso se sentir conectada à mãe natureza e entender o ciclo da vida?
NÃO! Primeiro, não curto ter que regar planta, mecher em terra. E segundo, não tenho nenhuma daquelas aspirações new age de conectar-se com a natureza indo ao campo ou trazendo um pouco dele até você. Terceiro, a plantinha podia cair na cabeça de alguém, o que é bem provável levando em conta o quanto eu sou desastrada. E calculando a velocidade e o impacto de um vaso de planta caindo do décimo primeiro andar... E pior do que isso, a plantinha caindo na cabeça de alguém eu teria que pagar multa por isso!!

003) Para tomar banho de chuva na comodidade do seu próprio lar?
ISSO!



Só sai da varanda não por causa dos vários raios que estavam caindo (ou subindo... tá, eu li isso no livro de física), mas sim porque várias pessoas do prédio em frente ao meu estavam se reunindo para assistir.




~eu perdi o meu medo
meu medo, meu medo da chuva
pois a chuva voltando pra terra
traz coisas do ar
aprendi o segredo
o segredo, o segredo da vida
vendo as pedras que choram
sozinhas no mesmo lugar ~

Raul Seixas


P.s: Agora o blog já tem acentos e está apto a receber comentários. Já está chegando perto de como eu quero que ele fique.

sexta-feira, abril 07, 2006

Reformulações

Assim como toda a minha vida, esse blog ainda está passando por reformulações.
Não esperem que eu escreva todo dia ou coisa do tipo, não tenho disciplina, criatividade ou tempo para isso.

Hoje estava ouvindo uma música e agradeceria se alguém que saiba francês me ajudasse a traduzir ela...

Joana Francesa

Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Mata-me de rir
F ala-me de amor
Songes et mensonges
S ei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise
Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

(Chico Buarque)
Só para dizer que ainda estou viva.

Sexta-feira, 07 de abril de 2006, 03:27 (segundo o relógio do meu pc que é adiantado), batimentos normais, pressão 11 por 7.
Sem sono, mas esse é meu normal.
Sem vontade de ver tv, agora assustei quem me conhece.
Ainda sem conseguir consertar esse blog. Ainda sem sair os acentos. Ainda sem mudar o template.
Sem tempo. Ah, como o tempo é precioso.

Pneumotórax ainda funcionando.
Agora só falta dançar um tango argentino.