terça-feira, maio 19, 2009















Se eu não acredito no governo...
























Nem no mercado...








   E agora José? Fazer o que?

domingo, maio 10, 2009

Silêncio


Palavras caladas.

Algo preso em minha garganta. Por que as frases fogem de mim?

Conversa evitada. Conversa planejada. Algo me paralisa.

Enquanto não conseguir formular as questões, como posso esperar algum tipo de resposta?

Algo me irrita, eu não sei o que. Vozes em minha mente...

Será eu? Ou será outra pessoa que repete e repete o que eu devo pensar.

Como eu devo me sentir. Como me portar, o que devo fazer.

Mas e fazer o que? Qual o caminho a seguir?

Eu não quero.. Não quero... Será que não posso ficar no meu canto? 

Por que querem tanto saber o que eu penso? Sobre tudo. Não posso simplesmente não pensar?

Afinal, não importa realmente o que eu penso. Não tem ninguém para ouvir.

Não importa realmente o que eu penso, a não ser para confirmar o que já acham.

"Nada é imparcial".

Essa é a maior desculpa para quem quer ser manipulador. E aí que está o problema, eu consigo notar o que estão fazendo.

Eu sei o que querem de mim. É fácil agir de acordo com isso. A vida é mais fácil. Todo mundo quer alguém que concorde com eles.. O que discorde, mas só de uma forma conveniente... Aquela que mostra que você entendeu e tem as mesmas idéias, mas só com alguns pequenos ajustes.

Afinal, quem não tem ajustes é indiferente. E o que isso faz com as suas idéias, com sua causa? Só traz a morte.

Idéia não questionadas são irrelevantes, elas morrem...

A indiferença dói mais do que a crítica. Ao menos quando você reconhece a pessoa como capaz.

EU NÃO QUERO ME POSICIONAR!

Julgamentos rápidos, posições frágeis, argumentos ralos.. É aí que você encontra o autômato. O robozinho que repete o que ouviu. O que ele acha que é esperado dele.

Meu medo é, como agir como um robô por muito tempo e não me tornar um?

quarta-feira, abril 22, 2009

E agora José?

A esquerda que sobrou, no poder, esqueceu de sonhar. Os heterodoxos e desenvolvimentistas propõem Keynes, os ortodoxos autênticos fingem concordar. Há um consenso aparente, animado pelo pânico em escala global.

[...]Quem estudou física sabe que, se todos os corpos do universo se contraem ou expandem à mesma taxa, temos a sensação de que está tudo do mesmo tamanho. Dois trens que andam lado a lado numa extensão qualquer passam a impressão, para os passageiros, de que nenhum dos dois está em movimento. De fato, a crise nos eua tornou-se global. Isso significa que as contrações econômicas e desvalorizações de ativos ocorrem mais ou menos à mesma velocidade em toda parte. O resultado, portanto, é a sensação de que nada muda, continuam todos na mesma posição. Quando as autoridades falam em coordenação, procuram acima de tudo orquestrar uma continuidade dessa hipótese já sem validade. Nela, é como se as posições relativas não se alterassem e os donos dos assentos se encontrassem todos aptos a injetar liquidez, consolidar ou absorver empresas e alterar a regulamentação para restaurar, em algum ponto impreciso dessa trajetória incerta, quase como mágica, a confiança do mercado nos ícones de valor globais. 

Depois das dívidas no setor imobiliário e das ações (as principais bolsas de todo o mundo já perderam no conjunto cerca de 50% do valor, ou seja, o capitalismo encolheu à metade do que era no ano passado!), a ciranda se completa com a crise das moedas. Pois se a crise surgiu nos eua, ganhou força a percepção de que os impactos sobre os países emergentes pode ser pior ainda. Essa reversão do bordão do “descolamento dos brics”, repetido à náusea por economistas de bancos e seus repetidores de plantão nas colunas de economia dos grandes jornais, tem como resultado a desmontagem de posições em moedas de maior risco em sistemas de alto retorno, como o brasileiro. A reação natural, no Brasil, sempre foi elevar os juros para conter a crise externa (superpremiando os bancos que fazem essa intermediação). Não será diferente agora. Na prática, os trens não andam à mesma velocidade, o universo das coisas econômicas e financeiras não se contrai à mesma taxa para todos (como também não se expandiu de forma homogênea para todos os jogadores). No pânico, muita gente pula do trem porque tem certeza de que a composição toda corre para um precipício sem fundo.


[..]Mesmo num momento em que os líderes do sistema capitalista partem para uma estatização sem pudores em todos os quadrantes, os comentaristas, economistas, jornalistas e outros “gênios” da finança ouvidos, publicados e entrevistados continuam os mesmos, ou seja, aqueles que por anos a fio vieram a público fazer a apologia da desregulamentação, da privatização, da liberalização unilateral de mercados. Desconfio que a esquerda, se existir ainda e esteja onde estiver, seria contra a operação de resgate dos ladrões em nome do bem geral da sociedade. O problema é que, historicamente, a esquerda foi a favor das teorias financeiras que defendem a intervenção do Estado. Assim, colocar a máquina do Estado a serviço do capital especulativo durante o ciclo de alta é motivo de críticas, mas o típico esquerdista apoiará uma megaintervenção do Estado para restaurar uma suposta normalidade financeira, apoiando-se na muleta retórica segundo a qual “agora será tudo diferente, tudo será regulamentado, os yuppies serão efetivamente sacrificados e um capitalismo responsável será ordenado pela mão visível do Estado”.

A única diferença entre o heterodoxo de esquerda e o ultraliberal de direita, nesse momento, é o caráter da estatização, definitiva de uma “nova ordem” para o heterodoxo, apenas temporária para o ortodoxo que aceita um interregno intervencionista para salvar o mercado.

Ambos, no entanto, militam no contra-senso e parecem tirar de sua aliança tática uma esperança de sobrevida política e ideológica.


Os desenvolvimentistas criticaram o pensamento único, mas não ofereceram em troca um único pensamento novo. Em sua maioria ocupam hoje altos escalões públicos e privados, no Brasil e no exterior, até mesmo no Fundo Monetário Internacional sem que se tenha até agora sequer esboçado um novo pensamento crítico, propositivo e ao mesmo tempo imaginativo.


terça-feira, abril 21, 2009

De volta

Faz bastante tempo que eu não escrevo nesse blog. Mas a vontade de escrever bateu de novo..
Não vou me desculpar pelo tempo sem atualizar - até porque só eu estou lendo isso mesmo - nem prometer atualizar com uma frequência razoável. Até porque eu já fiz e quebrei essas promessas diversas vezes.
Mas enfim, só um espaço para eu ventilar meus pensamentos que surgirem... Sem pressão, sem frequência ou metas de produtividade ;)


I´m back 

terça-feira, novembro 13, 2007

Catarina


Como amar quem ainda nem conheço?

Como sentir falta daquilo que nunca toquei?

Como posso procurar semelhanças comigo mesma, se nem a vi?

Como saber que ela vai mudar a minha vida, mesmo à distância?


Não sei como, mas Catarina é assim. Mal chegou e já preencheu meu coração. Coração partido porque não posso estar com ela, segurar ela, parar aquele choro que eu ouço sem nunca ter ouvido.